Fui à praia, e vi nos limos
A nossa vida enredada
Ó meu amor, se fugirmos
Ninguém saberá de nada
Na esquina de cada rua
Uma sombra nos espreita
E nos olhares se insinua
De repente, uma suspeita
Fui ao campo e vi os ramos
Decepados e torcidos
Ó meu amor, se ficamos
Pobres dos nossos sentidos
Em tudo vejo fronteiras
Fronteiras ao nosso amor
Longe daqui, onde queiras
A vida será maior
Nem as esperanças do céu
Me conseguem demover
Este amor é teu e meu
Só na terra o queremos ter
A nossa vida enredada
Ó meu amor, se fugirmos
Ninguém saberá de nada
Na esquina de cada rua
Uma sombra nos espreita
E nos olhares se insinua
De repente, uma suspeita
Fui ao campo e vi os ramos
Decepados e torcidos
Ó meu amor, se ficamos
Pobres dos nossos sentidos
Em tudo vejo fronteiras
Fronteiras ao nosso amor
Longe daqui, onde queiras
A vida será maior
Nem as esperanças do céu
Me conseguem demover
Este amor é teu e meu
Só na terra o queremos ter
envoyé par Bernart Bartleby - 23/10/2014 - 15:17
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Versi di David de Jesus Mourão-Ferreira (1927-1996), poeta, romanziere, saggista, autore teatrale e cinematografico, critico letterario, direttore di importanti giornali e ministro della cultura tra il 1976 ed il 1979.
Musica di Santos Moreira, compositore e violista portoghese.
Canzone che Amália Rodrigues interpretò dal vivo nel 1955. Censuratissima dal regime salazarista, fu pubblicata in Francia nel 1956 (nel disco “Album n° 2: Fado Et Flamenco”) e in Portogallo solo dopo la Rivoluzione del 1974 (“Amália Rodrigues no Café Luso, 1955”).
Si dice che Amália Rodrigues sia stata connivente con il regime: canzoni come questa e come Abandono (Fado Peniche) parrebbero non confermare a pieno quell’opinione. E si tenga pure conto che la celebre cantante nel suo disco intitolato “Com que voz” del 1970 interpretò Trova do vento que passa, la poesia di Manuel Alegre messa in musica da Adriano Correia de Oliveira, due artisti non certo amati dalla dittatura.