Bésame rosa de sangue
Rojo es el color del alma
Mi canto es americano
Es un grito, un vuelo de pájaro
Es vuelo blanco bajo el cielo
Mi cielo es americano
Por donde vuela blanca esperanza
Esperanza blanca de todo el pueblo
Mi pueblo es americano
Blancas manos blancas sonrisas
Mientras el negro por los cabelos
Mis negros americanos
Color de hermanos de negro dolor
Bésame rosa de sangue
Rojo es el color del alma
Mi dolor americano
Es el canto de los senderos
Del hombre campo por los caminos
Mi camino americano
Es abrirlo de las amarras
mano en la mano del hombre hombre
Hombre hombre americano
Eres pájaro cautivo en la tierra
Que tiene ganas de vuelo blanco
Vuelo blanco americano
En la noche negra de su dolor
Bésame rosa de sangre
Rojo es el color del alma.
Rojo es el color del alma
Mi canto es americano
Es un grito, un vuelo de pájaro
Es vuelo blanco bajo el cielo
Mi cielo es americano
Por donde vuela blanca esperanza
Esperanza blanca de todo el pueblo
Mi pueblo es americano
Blancas manos blancas sonrisas
Mientras el negro por los cabelos
Mis negros americanos
Color de hermanos de negro dolor
Bésame rosa de sangue
Rojo es el color del alma
Mi dolor americano
Es el canto de los senderos
Del hombre campo por los caminos
Mi camino americano
Es abrirlo de las amarras
mano en la mano del hombre hombre
Hombre hombre americano
Eres pájaro cautivo en la tierra
Que tiene ganas de vuelo blanco
Vuelo blanco americano
En la noche negra de su dolor
Bésame rosa de sangre
Rojo es el color del alma.
Contributed by Bernart Bartleby - 2014/7/27 - 20:37
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Parole e musica di Sérgio Ricardo
Nell’album - dalla copertina inequivocabile - che porta come titolo il nome dell’artista.
No meio desse tiroteio alguns nomes se destacavam, e alem dos já citados um se fez vibrante, inconformado, realista e determinado, era o paulista Sergio Ricardo. Construindo sua carreira de cantor, compositor e cineasta desde os anos cinqüenta, foi um dos mais duros e competentes combatentes da ditadura durante a década de sessenta. Nunca se deixou levar por ilusões, sabia e percebia perfeitamente o que se preparava para o país a partir de março de 1964. Desde cedo pode verificar a virulência dos conspiradores e sua intenção de instaurar no Brasil um regime de força, onde liberdade era uma palavra inexistente sendo substituída no vocabulário dos donos do poder por arbítrio.
Perseguido implacavelmente Sergio Ricardo foi seguindo seu caminho, e suas canções demonstravam a sua capacidade de resistência alem de criarem uma parte significativa da trilha sonora dos anos de chumbo. Um exemplo dessa síntese de lutas musicais e poéticas esta bem delineado no seu melhor trabalho realizado em 1973, um LP que traz em seu repertório as mais engajadas canções de sua autoria e que são um marco representativo do pensamento radical de um artista que denunciava um dos períodos mais desastrosos da vida brasileira.
O disco que leva seu nome tem na capa dupla o seu retrato quando enfrentava as vaias do público no III Festival da Canção Popular da TV Record de 1967 quando interpretava a canção Beto bom de Bola, resultando em sua revolta jogando o violão na platéia, vem com uma tarja branca na sua boca, que sai carregada pelo símbolo da censura criado pelo cartunista Caulos, e depois se senta num banquinho com ela na posição de um atento ouvinte das musicas cujas letras são abertas em leque.
A maioria das canções do disco são dos anos sessenta, e algumas estavam vetadas pela censura, mas eram exaustivamente cantadas por Sergio Ricardo em seus shows. Dentre eles destacam-se Calabouço feita em 1968 no calor dos acontecimentos que resultaram na morte do estudante Edson Luiz no restaurante universitário do mesmo nome; Sina de Lampião, é um retrato das ilusões perdidas de um povo sofrido, humilhado e sem perspectivas; Antonio das Mortes, em parceria com Glauber Rocha fez parte da trilha sonora do filme Deus e o Diabo na terra do sol; Canto americano, reflete a esperança de uma América Latina livre, numa época em que o continente estava mergulhado em sangrentas ditaduras; Vou renovar, é uma embolada bem humorada cuja letra sempre era modificada por Sergio Ricardo a depender da ocasião, no disco ela nos remete a uma idealização de uma sociedade sem distinção de classes e sofreu vetos da censura tendo que substituir a palavra comunista por colunista
Em Semente, e Beira do cais, temos duas canções com um discurso lírico, sensual e resistente; Juliana do amor perdido, a única peça instrumental do LP traz influencias armoriais nordestinas, barrocas, bem brasileiras. O disco se encerra com Tocaia onde o discurso panfletário metafórico se insinua de maneira contundente.
Ao ouvirmos este trabalho de Sergio Ricardo verificamos que a história do Brasil pode também ser entendida e contextualizada através de belas canções, e que a briga por um país cada vez mais livre e democrático e com menos desigualdades sociais representam aspirações permanentes, não importa o tempo de luta, pois são atemporais, eternas.”
Luiz Américo Lisboa Junior