Eis como tudo
entra de súbito
pelas palavras:
a terra e o mar
as mãos e as vozes.
Tua guitarra
povo. Teu génio.
E o teu silêncio
é de súbito um sino
tocado pelo vento
em todas as aldeias do meu sangue.
Porque tudo começa onde começas
porque tudo se chama o nome do teu nome
porque tudo se escreve com a tua história.
Porque tu estás em tudo o que circula
e tudo tem o preço do teu sangue.
Porque tu moves com teus ombros as cidades
tocaste a pedra e a pedra fez-se casa
tocaste o bosque e o bosque fez-se barco.
Porque um país tem o tamanho dos seus homens
e o meu país tem o teu tamanho e nada mais.
Porque nada é tão grande como as tuas mãos:
oitenta e nove mil quilómetros quadrados.
O céu e o mar. E todos os navios.
E todos os poemas.
entra de súbito
pelas palavras:
a terra e o mar
as mãos e as vozes.
Tua guitarra
povo. Teu génio.
E o teu silêncio
é de súbito um sino
tocado pelo vento
em todas as aldeias do meu sangue.
Porque tudo começa onde começas
porque tudo se chama o nome do teu nome
porque tudo se escreve com a tua história.
Porque tu estás em tudo o que circula
e tudo tem o preço do teu sangue.
Porque tu moves com teus ombros as cidades
tocaste a pedra e a pedra fez-se casa
tocaste o bosque e o bosque fez-se barco.
Porque um país tem o tamanho dos seus homens
e o meu país tem o teu tamanho e nada mais.
Porque nada é tão grande como as tuas mãos:
oitenta e nove mil quilómetros quadrados.
O céu e o mar. E todos os navios.
E todos os poemas.
Contributed by Dead End - 2012/12/13 - 13:47
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Versi di Manuel Alegre, dalla raccolta “O canto e as armas”
Musica di Adriano Correia de Oliveira
In apertura del disco di Adriano Correia de Oliveira “O canto e as armas”
In seguito incisa dallo stesso Alegre con musica di Carlos Paredes (1925-2004, grande compositore e chitarrista) nel disco “É preciso um país” pubblicato nel 1975.
Tributo di Alegre al popolo portoghese, “tua guitarra, povo, teu génio, teu sangue…”