Não podemos calar o que nos dói para lá do oceano (à memória de Juan Torres)
Luís CíliaLanguage: Portuguese
Ficarás sempre connosco, companheiro.
Mais forte do que a morte permaneces
perto de nós e longe do dinheiro
que compra generais e arrefece
a vida dos cobardes e vendidos.
Perpassa um vento quente nos sentidos
dos que alargam a vida como um rio.
Não morrem nem jamais são esquecidos
apesar de torturados, perseguidos
porque só longe do povo tudo é frio.
Seguirás sempre connosco a nossa luta
Na Bolívia, no Chile, em toda a parte
onde a besta fascista põe a bota
e promove a traição a baluarte
temendo desde já a sua derrota.
Porque soubeste ser soldado do teu povo
sem nunca te afastares do seu calor,
e mais que general tiveste o posto
que cabe a cada homem lutador,
segues connosco rumo a um tempo novo.
Mais forte do que a morte permaneces
perto de nós e longe do dinheiro
que compra generais e arrefece
a vida dos cobardes e vendidos.
Perpassa um vento quente nos sentidos
dos que alargam a vida como um rio.
Não morrem nem jamais são esquecidos
apesar de torturados, perseguidos
porque só longe do povo tudo é frio.
Seguirás sempre connosco a nossa luta
Na Bolívia, no Chile, em toda a parte
onde a besta fascista põe a bota
e promove a traição a baluarte
temendo desde já a sua derrota.
Porque soubeste ser soldado do teu povo
sem nunca te afastares do seu calor,
e mais que general tiveste o posto
que cabe a cada homem lutador,
segues connosco rumo a um tempo novo.
Contributed by Bartleby - 2012/2/24 - 15:43
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Parole di Manuel Correia
Musica di Luís Cília
Dall’album “Memória”
Canzone dedicata a Juan José Torres, conosciuto come “JJ” (Jota Jota), l’ “Allende” boliviano.
Militare di professione ma di sentimenti democratici, divenne presidente della Bolivia nel 1970 grazie al sostegno di operai, contadini, studenti e dei settori di sinistra dell’esercito, ma neppure un anno dopo fu deposto da un golpe fascista diretto dal generale Hugo Banzer. Scappato prima in Perù, poi in Cile e infine in Argentina, il 2 giugno 1976 “JJ” fu sequestrato ed assassinato a Buenos Aires nell’ambito del tristemente noto “Plan Cóndor”, il piano di coordinamento fra i regimi fascisti latinoamericani e la CIA americana volto ad eliminare gli esponenti dei movimenti di opposizione in tutta l’America Latina.