Lentamente
A fome nos mata
O frio nos paralisa
Neste bairro de lata.
Vidas apodrecem
No inferno de Lisboa,
Cheiro de imundície
Em cada corpo caído
Há um sonho que voa.
Bocas sem pão
E cérebros sem escola,
Só existe dinheiro
Para a guerra de Angola
E para o jornalista
Que ao povo brasileiro
Diz que Salazar
É um grande estadista
(que o mundo inteiro
Deve imitar
Para que possa escapar
Da esfinge comunista).
Morremos de frio,
Morremos de fome,
Somos o pão da doença
Que lentamente nos come.
Somos oitenta ou cem mil
Corações impotentes
No chão da revolta
Fecundas sementes.
A fome nos mata
O frio nos paralisa
Neste bairro de lata.
Vidas apodrecem
No inferno de Lisboa,
Cheiro de imundície
Em cada corpo caído
Há um sonho que voa.
Bocas sem pão
E cérebros sem escola,
Só existe dinheiro
Para a guerra de Angola
E para o jornalista
Que ao povo brasileiro
Diz que Salazar
É um grande estadista
(que o mundo inteiro
Deve imitar
Para que possa escapar
Da esfinge comunista).
Morremos de frio,
Morremos de fome,
Somos o pão da doença
Que lentamente nos come.
Somos oitenta ou cem mil
Corações impotentes
No chão da revolta
Fecundas sementes.
Contributed by Alessandro - 2009/11/10 - 09:19
×
Note for non-Italian users: Sorry, though the interface of this website is translated into English, most commentaries and biographies are in Italian and/or in other languages like French, German, Spanish, Russian etc.
Album "Portugal-Angola - Chants de Lutte"
Parole del poeta Jonas Negalha.
Trovata sulla pagina ufficiale dell'autore.