Vim da aldeia, fui prá vila
e da vila prá cidade.
Deixei a pobre courela
onde queimei a idade,
e vim pra esta oficina
que mais parece uma cela,
uma prisão da vontade.
No meu braço de operário
corre sangue camponês,
em que pesa o meu salário
dia a dia, mês a mês -
segredos que abril me diz
nesta terra da raiz
onde o meu corpo se fez.
Lembro os campos em agosto
quando o sol morde na serra.
"Inda sinto aqui o gosto
feito de suor e terra.
Mas o tempo e a vontade
ensinaram-me a cidade
- outro trabalho, outra guerra.
e da vila prá cidade.
Deixei a pobre courela
onde queimei a idade,
e vim pra esta oficina
que mais parece uma cela,
uma prisão da vontade.
No meu braço de operário
corre sangue camponês,
em que pesa o meu salário
dia a dia, mês a mês -
segredos que abril me diz
nesta terra da raiz
onde o meu corpo se fez.
Lembro os campos em agosto
quando o sol morde na serra.
"Inda sinto aqui o gosto
feito de suor e terra.
Mas o tempo e a vontade
ensinaram-me a cidade
- outro trabalho, outra guerra.
inviata da Bernart Bartleby - 24/9/2015 - 14:34
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Musica di Luís Cília.
Nel disco intitolato “Memória” del 1976