Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
inviata da Dead End - 12/12/2012 - 15:09
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Versi di Sofia de Melo Breyner Andresen (1919-2004), poetessa portoghese, dalla raccolta “Mar novo” pubblicata a Lisbona nel 1958.
Musica di Pedro e José Castro, i fratelli fondatori di questa band portoghese di rock progressive.
Nel disco intitolato “Mestre”.
Interpretata anche da Adriano Correia de Oliveira e, più recentemente, da Francisco Fanhais.
Leggere questa poesia osservando la figura elegante di Sofia de Melo Breyner Andresen immersa nella sua agiata, anche se sobria, tranquillità “borghese” mi ha fatto subito venire in mente un paio di versi de Le storie di ieri dei nostri De Gregori e De André: “…i poeti che brutte creature, ogni volta che parlano è una truffa” (anche se io mi sono sempre accontentato di cantare che quelle creature sono “strane”, non proprio “brutte”… Possibile che De Gregori scrivesse “brutte” e De André – che poeta vero era – cantasse “strane”, sentendosi chiamato in causa?)