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La java des bombes atomiques

Boris Vian
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Traducanzone in italiano di Andrea Buriani

A JAVA DAS BOMBAS ATÔMICAS

Meu tio, jeitoso com ferramentas,
fazia como amador
umas bombas atômicas.

Sem nunca ter estudado nada,
era um verdadeiro gênio
em se tratando de trabalhos práticos.

Ele se trancava o dia todo
no fundo de sua oficina
para fazer experiências;

e ao anoitecer ele vinha para casa
e nos deixava boquiabertos
enquanto nos contava tudo.

"Para fabricar uma bomba A,
meninos, acreditem-me,
é na verdade moleza.

questão do detonador
a gente resolve em quinze minutos,
mas essas são de jogar fora.

E quanto à bomba H,
não é muito mais difícil.
Mas uma coisa me tormenta:

é que as de minha fabricação
tem apenas um raio de ação
de três metros e cinquenta!--

Tem algo fazendo barulho lá dentro;
tenho que voltar lá imediatamente!"

Ele trabalhou durante dias
procurando, com amor,
melhorar o modelo;

quando almoçava conosco
ele engolia de uma vez só
sua sopa de macarrãozinho.

Via-se, pelo seu olhar feroz,
que estava com um osso duro de roer,
mas não ousávamos dizer nada.

E enfim uma noite, durante o jantar,
eis que titio suspira,
e grita assim:

"À medida que envelheço
percebo cada vez mais,
tenho o cérebro que falha;

é sério, tenho que dizer,
não é nem mais um cérebro,
é como um monte de molho branco!

Há bons meses e anos
que tento aumentar
o alcance da minha bomba,

e eu nem me dei conta
que a única coisa que conta
é o lugar onde ela cai!

Tem algo fazendo barulho lá dentro;
tenho que voltar lá imediatamente!"

Ao saber que o resultado estava próximo,
todos os grandes chefes de Estado
fizeram-lhe uma visita.

Ele os recebeu, e se desculpou
por suas acomodações
serem tão pequenas.

Mas assim que todos entraram
ele os trancou,
dizendo, "comportem-se";

e, quando a bomba explodiu,
de todas essas personalidades
não sobrou nadinha.

Titio, face a este resultado,
não desanimou,
e se fez de bobo;

ao Tribunal o arrastaram,
e, diante dos jurados,
eis que ele diz gaguejando:

"Senhores, foi um acidente infeliz,
mas juro diante de Deus,
de minha alma e consciência,

que ao destruir todos esses babacas
eu estou firmemente convencido
de ter servido à França!"

Estavam numa sinuca;
então o condenaram,
e depois o anistiaram;

e o país, agradecido
o elegeu imediatamente
Chefe do governo!
LA JAVA DELLE BOMBE ATOMICHE :

Mio zio che era un noto amante anche se dilettante delle bombe atomiche.
E senza aver studiato si era preparato nelle questioni pratiche
Lui si rinchiuse un giorno con nessuno intorno a fare degli esperimenti
ed alla sera quando poi lui rincasava ci stupiva e raccontava:
"Per fabbricar la Bomba "A" è una banalità non c'è bisogno di arte.
Per la questione strana del detonatore ho già una soluzione a parte.
La Bomba "H"poi, non mi fa paura ma una cosa mi tormenta:
quelle che produco fanno, certo, un buco,ma di un metro e quasi trenta.
C'è qualcosa che non va, ma ora si rimedierà".

Per giorni poi ha lavorato certo ha migliorato i primi suoi modelli.
E se da noi pranzava spesso trangugiava zuppa con i vermicelli.
E se dall'aria ch'era triste a volte si capiva, mai nessun fiatava.
Finchè una sera con un gran sospiro il nostro amato Zio disse così:
"Nella misura in cui divento vecchio il mio cervello sempre più vacilla.
Diciamoci la verità: più che un cervello sembra quasi besciamella.
Per una vita ho sempre ricercato di aumentar gli effetti e la portata
Ora mi rendo conto che quello che conta è solo il posto dove cade.
C'è qualcosa che non va, ma ora si rimedierà".

Avvicinandosi al risultato, i Vertici di Stato chiesero una visita.
Quel gruppo ha convocato poi lui si è scusato per l'officina piccola.
Dicendo poi "Adesso fate i bravi" chiuse tutti dentro bene a chiave.
La bomba dello zio scoppiò, di quei personaggi nulla ci restò.
Lo zio a quel risultato non s'è scoraggiato ed ha giocato allora forte.
In Tribunale lui non ha tremato confessando poi a quella Corte:
"Egregi miei Signori è stato un incidente e non accampo delle scuse.
Col botto di quegli svitati ho servito bene, certo, il mio Paese".
Ci fu un verdetto imbarazzante : metà condanna e per metà assolvente.
E così, riconoscente il Paese ha eletto mio zio Presidente.


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