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La java des bombes atomiques

Boris Vian
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Traduzione portoghese di Jorge Stolfi, professore d’informatica...
LA JAVA DE LAS BOMBAS ATÓMICAS

Mi tío era un ladronzuelo
que tenía el hobbie
de fabricar bombas.
Aunque era un tanto analfabeto
se las ingeniaba

y las hacía redondas.
Se encerraba todo el día
en su tallercito
a ver qué le salía.
Y a la noche cuando regresaba,
nientras se afeitaba,
así nos relataba:

Para decirles la verdad
hacer las bombas "A"
es un juego de niños.
Hacerlas explotar
se hace sin pensar,
me lleva apenas seis semanas.
En cuanto a las bombas "Napalm",
si he de decir verdad,
son las que me atormentan,
porque no alcanzan más
que un radio de acción
de cuatro metros con cincuenta.
Hay algo que no anda bien.
Volveré para el taller.

Dedicó toda su vida
y su sabiduría
a tal experimento.
Ni su madre, cuando puso
cohetes en su cama,
pudo distraerlo.
Hasta el día en que probaba
si un tornillo andaba
y le explotó en la cara
y, cubierto por las gasas,
tomando tisanas,
así se lamentaba:


A medida que envejezco
yo me avivo más
que mi cerebro falla.
Si he de decirles la verdad
yo que en lugar de sesos
tengo salsa blanca.
Tanto tiempo que he perdido
queriendo extender
el radio de mi bomba
sin haberme dado cuenta
que lo que interesa
es dónde se coloca.
Hay algo que no anda bien.
Volveré para el taller.

El día en que se enteraron
los Jefes de Estado
fueron de visita.
Y el tío se lamentaba
de que su inventiva
fuera tan chiquita.
Enseguida que entraron
él cerró la puerta
y les dijo "Cuidado!"
y cuando la bomba explotó
de esos personajes
ni sombra quedó.

Mi tío frente al resultado
y sin desanimarse
se hizo bien el burro.
Mas luego, frente al tribunal,
al ser interrogado,
se-se puso tartamudo:
"Señores, a decir verdad,
fue por casualidad
que yo metí la pata.
Mas juro ante dios
que amasijándolos
he servido a la Patria".

El Jurado lo entendió,
primero le condenó
y después le absolvió.
La población, en agradecimiento,
instantáneamente
le hizo un monumento.

A JAVA DAS BOMBAS ATÔMICAS

Meu tio, jeitoso com ferramentas,
fazia como amador
umas bombas atômicas.

Sem nunca ter estudado nada,
era um verdadeiro gênio
em se tratando de trabalhos práticos.

Ele se trancava o dia todo
no fundo de sua oficina
para fazer experiências;

e ao anoitecer ele vinha para casa
e nos deixava boquiabertos
enquanto nos contava tudo.

"Para fabricar uma bomba A,
meninos, acreditem-me,
é na verdade moleza.

questão do detonador
a gente resolve em quinze minutos,
mas essas são de jogar fora.

E quanto à bomba H,
não é muito mais difícil.
Mas uma coisa me tormenta:

é que as de minha fabricação
tem apenas um raio de ação
de três metros e cinquenta!--

Tem algo fazendo barulho lá dentro;
tenho que voltar lá imediatamente!"

Ele trabalhou durante dias
procurando, com amor,
melhorar o modelo;

quando almoçava conosco
ele engolia de uma vez só
sua sopa de macarrãozinho.

Via-se, pelo seu olhar feroz,
que estava com um osso duro de roer,
mas não ousávamos dizer nada.

E enfim uma noite, durante o jantar,
eis que titio suspira,
e grita assim:

"À medida que envelheço
percebo cada vez mais,
tenho o cérebro que falha;

é sério, tenho que dizer,
não é nem mais um cérebro,
é como um monte de molho branco!

Há bons meses e anos
que tento aumentar
o alcance da minha bomba,

e eu nem me dei conta
que a única coisa que conta
é o lugar onde ela cai!

Tem algo fazendo barulho lá dentro;
tenho que voltar lá imediatamente!"

Ao saber que o resultado estava próximo,
todos os grandes chefes de Estado
fizeram-lhe uma visita.

Ele os recebeu, e se desculpou
por suas acomodações
serem tão pequenas.

Mas assim que todos entraram
ele os trancou,
dizendo, "comportem-se";

e, quando a bomba explodiu,
de todas essas personalidades
não sobrou nadinha.

Titio, face a este resultado,
não desanimou,
e se fez de bobo;

ao Tribunal o arrastaram,
e, diante dos jurados,
eis que ele diz gaguejando:

"Senhores, foi um acidente infeliz,
mas juro diante de Deus,
de minha alma e consciência,

que ao destruir todos esses babacas
eu estou firmemente convencido
de ter servido à França!"

Estavam numa sinuca;
então o condenaram,
e depois o anistiaram;

e o país, agradecido
o elegeu imediatamente
Chefe do governo!


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