Tom Zé

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Tom Zé
L'unica biografia completa di Tom Zé che io abbia reperito è in lingua portoghese (che non dovrebbe comunque essere di difficile comprensione per un italiano). Mi riservo comunque di inserire una traduzione in seguito.

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Cantor, compositor e arranjador dos mais inventivos, este baiano nascido em Irará, em 1936, é um dos grandes mentores intelectuais do tropicalismo. Diferentemente da maioria dos colegas de "movimento", Tom Zé teve educação musical formal - estudou na Universidade da Bahia com vanguardistas como o maestro Koellreuter, Walter Smetak e Ernst Widmer. Conheceu Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethania em 1965, ano em que lançou seu primeiro disco, o compacto "São Benedito", já no estilo que sempre o caracterizaria, misturando irreverência, lirismo e folclore nordestino. Junto com essa turma, montou os espetáculos Nós, Por Exemplo e Velha Bossa Nova e Nova Bossa Velha.
Depois, baixou com os colegas em São Paulo, espalhando, a partir do histórico disco Tropicália Ou Panis Et Circensis, lançado em 1968, os pilares de um movimento que modificaria a cultura brasileira. Nesse mesmo ano, venceu o Festival da Record com "São São Paulo, Meu Amor", e lançou seu primeiro álbum, Tom Zé, talvez o mais emblemático e essencialmente tropicalista de todos os discos-solos dos integrantes do movimento.
Lançando ótimos trabalhos, mas enveredando cada vez mais pelo experimentalismo - e por ousadias como Todos Os Olhos, LP de 1973 cuja capa era ilustrada pela foto de um ânus -, Tom Zé seguiu direções praticamente opostas às seguidas por Gil, Caetano, Gal e Bethania. No entanto, a qualidade de discos transgressores como Estudando O Samba, de 1975 (com parcerias com Elton Medeiros), está acima das mesquinharias que tornam alguns artistas mais rentáveis do que outros. O esforço acabaria sendo recompensado...
Antes disso, porém, após lançar, com mínima repercussão, o disco Nave Maria, em 1984, Tom Zé praticamente desistiu de combater o ostracismo a que foi relegado pelas gravadoras e meios de comunicação brasileiros. Chegou a abandonar a música e considerou seriamente voltar a Irará para trabalhar em um posto de gasolina. Até que, no fim dos anos 80, uma velho exemplar de Estudando O Samba garimpado num sebo brasileiro foi parar nas mãos de David Byrne, ex-líder da banda nova-iorquina Talking Heads e dono do selo Luaka Bop. Siderado, Byrne lançou uma coletânea, The Best Of Tom Zé, e contratou o baiano para gravar The Hips Of Tradition. A crítica internacional veio abaixo e, a partir daí, o artista pôde voltar a lançar discos regularmente no Brasil, sem abdicar de um milímetro de sua independência: No Jardim Da Política e Com Defeito De Fabricação, (ambos de 1998), e Jogos De Armar (Faça Você Mesmo), de 2000.