L'Internationale
Eugène PottierPORTOGHESE [5] / PORTUGUESE [5] | |
A INTERNACIONAL A pé, ó vítimas da fome Não mais, não mais a servidão Que já não há força que dome A força da nossa razão Pedra a pedra, rua o passado A pé, trabalhadores irmãos! Que o mundo vai ser transformado Por nossas mãos, por nossas mãos Bem unidos façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional Bem unidos façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional Não mais, não mais o tempo imundo Em que se é o que se tem Não mais o rico todo o mundo E o pobre menos que ninguém Nunca mais o ser feito de haveres Enquanto os seres são desfeitos Não mais direitos sem deveres Não mais deveres sem direitos Bem unidos façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional Bem unidos façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional Já fomos Grécia e fomos Roma Tudo fizemos, nada temos Só a pobreza que é a soma Dessa riqueza que fizemos Nunca mais no campo de batalha Irmãos se voltem contra irmãos Não mais suor de quem trabalha Floresça em fruto noutras mãos Bem unidos façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional Bem unidos façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional! | A INTERNACIONAL De pé, ó vítimas da fome De pé, famélicos da terra Da idéia a chama já consome A crosta bruta que a soterra Cortai o mal bem pelo fundo De pé de pé não mais senhores Se nada somos em tal mundo Sejamos tudo ó produtores Senhores patrões chefes supremos Nada esperamos de nenhum Sejamos nós que conquistemos A terra mãe livre e comum Para não ter protestos vãos Para sair desse antro estreito Façamos nós com nossas mãos Tudo o que a nós nos diz respeito O Crime do rico a lei o cobre O estado esmaga o oprimido Não há direitos para o pobre Ao rico tudo é permitido A opressão não mais sujeitos Somos iguais todos os seres Não mais deveres sem direitos Não mais direitos sem deveres Abomináveis na grandeza Os reis da mina e da fornalha Edificaram a riqueza Sobre o suor de quem trabalha Todo o produto de quem sua A corja rica o recolheu Queremos que nos restituam O povo quer só o que é seu Nós fomos de fumo embriagados Paz entre nós guerra aos senhores Façamos greve de soldados Somos irmãos trabalhadores Se a raça vil cheia de galas Nos quer à força canibais Logo verás que as nossas balas São para os nossos generais Pois somos do povo os ativos Trabalhador forte e fecundo Pertence a terra aos produtivos Ó parasita deixa o mundo Ó parasita que te nutres Do nosso sangue a gotejar Se nos faltarem os abutres Não deixa o sol te fulgurar Bem unidos façamos Nesta luta final Uma terra sem amos A internacional Bem unidos façamos Nesta luta final Uma terra sem amos A internacional |