Canto o povo triste
de quem sou
louco em cantar
para esquecer
os sonhos tidos
na manhã da vida
sol de madrugada
livre no morrer.
Canto a heroicidade
conformada
de quem chorando
se atreve a cantar
barco perdido
na prisão das ondas
as velas rasgadas
o leme a quebrar.
Canto a solidão
a ocidente
ligada à terra
que nos viu nascer
a covardia
feita de orações
na doce esperança
de poder morrer.
Canto o desespero
fatalista
de quem sofrendo
se deixa ficar
olhos cansados
enxada na mão
trabalhando a terra
que lhe vão roubar.
de quem sou
louco em cantar
para esquecer
os sonhos tidos
na manhã da vida
sol de madrugada
livre no morrer.
Canto a heroicidade
conformada
de quem chorando
se atreve a cantar
barco perdido
na prisão das ondas
as velas rasgadas
o leme a quebrar.
Canto a solidão
a ocidente
ligada à terra
que nos viu nascer
a covardia
feita de orações
na doce esperança
de poder morrer.
Canto o desespero
fatalista
de quem sofrendo
se deixa ficar
olhos cansados
enxada na mão
trabalhando a terra
que lhe vão roubar.
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