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Canção sem maneiras

Grupo de Acção Cultural
Langue: portugais


Grupo de Acção Cultural


Senhores,
sou mulher de trabalho,
e falo com poucas maneiras,
porque as maneiras,
são como a luva que calça o ladrão.

Ás vezes,
eu ponho-me a pensar,
na vida das trabalhadeiras,
e nas canseiras,
com que ganhamos a fome e o pão.

Há tanta gente como eu,
tantos que pensam como eu,
e a minoria que nos rouba e mente,
são os burgueses que mandam na gente.

Cravos, gravatas e bonés,
nunca vi tantos rapa-pés,
enquanto for o burguês a mandar,
é o fascismo que vai regressar.

Senhores,
sou mulher de trabalho,
e falo paras as trabalhadeiras,
sem as maneiras,
dos democratas da governação.

Ás vezes,
cheguei a acreditar,
que a nova democracia,
acabaria,
com o fascismo e a exploração.

Mas se isto assim continuar,
com os patrões a comandar,
o desemprego e a carestia,
são os canhões que nos querem matar.

E enquanto nos dizem para votar,
já está o burguês a preparar,
outro fascismo de cara mudada,
enquanto a gente anda assim enganada.

Senhores,
sou mulher de trabalho,
estou farta dessas brincadeiras,
são só maneiras,
de nos prenderem com outro cangaço.

Ás vezes,
eu ponho-me a falar,
e digo às minhas companheiras,
outras maneiras,
de nos unirmos para dar mais um passo.

Vamos lutar e sanear,
vamos ser nós a comandar,
com esta luta por um mundo novo,
e os operários à frente a guiar.

E há tanta gente para lutar,
pela democracia popular,
que não há falsos amigos do povo,
que nos impeçam de um dia ganhar.

E há tanta gente para lutar,
pela democracia popular,
que não há falsos amigos do povo,
que nos impeçam de um dia ganhar.



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