A erva lá na picada *
pisam-na os guerrilheiros
O coração do soldado
pisam-no os coronéis
e ajudam os machambeiros **
e ajudam os machambeiros
Que culpa tem o soldado
de ter raiva à sua sorte
se chega um filho da puta
que o mete numa farda
e o manda para a morte
e o manda para a morte
E o Senhor Brigadeiro
Vive muito consolado
Até comprou uma balança
para pesar o dinheiro
que rouba ao pobre soldado
que rouba ao pobre soldado
Quando será Deus do Céu
Que um dia haverá verba
Que um dia haverá verba
Para a malta comer pão
E os chicos erva erva ***
E os chicos erva erva
E os chicos merda merda
E os chicos merda merda
Merda merda!
Merda merda!
Merda merda!
pisam-na os guerrilheiros
O coração do soldado
pisam-no os coronéis
e ajudam os machambeiros **
e ajudam os machambeiros
Que culpa tem o soldado
de ter raiva à sua sorte
se chega um filho da puta
que o mete numa farda
e o manda para a morte
e o manda para a morte
E o Senhor Brigadeiro
Vive muito consolado
Até comprou uma balança
para pesar o dinheiro
que rouba ao pobre soldado
que rouba ao pobre soldado
Quando será Deus do Céu
Que um dia haverá verba
Que um dia haverá verba
Para a malta comer pão
E os chicos erva erva ***
E os chicos erva erva
E os chicos merda merda
E os chicos merda merda
Merda merda!
Merda merda!
Merda merda!
×
di José Colaço Barreiros
* picada = strada di campagna, non asfaltata
** machambeiro = colono bianco nel Mozambico
*** chico = ufficiale o sottufficiale di carriera; erva: oltre ‘erba’, è un eufemismo per ‘merda’